Complexidade excessiva é a punição natural para organizações incapazes de tomar decisões.
Gregor Hohpe

A forma como a Tecnologia da informação tem sido percebida nas organizações tem evoluído ao longo dos anos. Não faz muito tempo, era comum ouvir executivos afirmando que TI era “apenas” custo – como se fosse um mal necessário. Depois, tornou-se comum classificar TI como asset – um ativo importante, financiado por rateio. Mais recentemente, a TI passou a ser classificada como uma parceira – fundamental para fazer o “negócio” funcionar. Hoje em dia, empresas bem-sucedidas entendem que TI é enabler – habilitando novos modelos de negócios e operacionais . Em bem pouco tempo, será consenso que TI é o negócio.

Como TI é percebida em sua empresa?

A forma como uma organização percebe TI indica, claramente, a facilidade ou dificuldade para a tranformação digital.

Preparamos um episódio especial do Tech & Biz, com áudio e vídeo, para te ajudara entender melhor essa ideia.

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Como indicado no capítulo anterior, o software não deve ser percebido como uma forma de fazer melhor aquilo que já fazíamos bem. No lugar disso, ele deve ser meio de transformar modelos de negócios e operacionais aos três vetores exponenciais – processamento, armazenamento e conectividade.

Empresas jurássicas entendem TI como custo

Empresas que percebem TI como custo, com frequência, subordinam o CIO ao CFO, dando assim, naturalmente, ênfase ao controle orçamentário.

CTO x CIO

O que faz um CTO? O que faz um CIO? Qual a diferença entre as duas posições?

Preparamos um episódio especial do Tech & Biz para te ajudar a entender as diferenças dos dois papéis. Disponível em áudio e vídeo.

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Assumindo que “custo é como unha, precisando ser continuamente cortado”, então, empresas que entendem TI como custo entendem que os investimentos na área devem se restringir apenas ao absolutamente necessário.

Nessas organizações, os recursos necessários para realização de projetos é obtido via outsourcing, não por serem necessariamente mais baratos, tampouco eficientes, mas, sim, por serem mais fáceis de justificar no curto prazo.

Empresas medievais entendem TI como asset

Em condição um pouco melhor do que as empresas que entendem TI como custo estão as que a percebem como recurso (eventualmente estratégico). Nessas organizações, a ênfase está em definir boas práticas para rateio. Aliás, investe-se mais tempo determinando como o rateio será realizado do que o que será feito.

Nessas organizações, o CIO geralmente responde ao COO. Projetos envolvendo tecnologia são ponderados utilizando o ROI como critério primário e recursos são “harmonizados” ou “reutilizados”, visando economia de escala.

Empresas do século passado entendem TI como partner

Há, também, empresas onde os executivos finalmente entenderam a importância de TI para execução de suas iniciativas. TI é parceira para gerar valor para o negócio.

Em sentido oposto a movimentação de empresas onde TI é percebida como custo, recursos são alocados por insourcing. Infelizmente, entretanto, os estímulos comuns é para que iimpere a cultura de nós e eles, onde “negócio” especifica requisitos e “tecnologia” se comporte como prestadora de serviços.

Há uma certa tendência, hoje em dia, de fazer com que o “movimento digital” seja comandado por um executivo especialista – o CDO.

Empresas modernas entendem TI como enabler

Finalmente, há empresas que entendem tecnologia como enabler para o negócio. Em termos simples, como parte indivisível, junto com a intencionalidade estratégica, da composição dos modelos de negócios e operacionais.

Em organizações assim, o CIO não só responde diretamente ao CEO, como, não raro, o próprio CEO tem “origens tecnológicas”.

Não há, em empresas que tem TI como enabler, a famigerada distinção do “nós e eles”, pessoas do “negócio” e de “tecnologia”, pois todos colaboram (não apenas cooperam), para o atingimento dos resultados.

Times de negócio e tecnologia precisam colaborar

Em muitas empresas, as áreas de TI e negócio paracem rivalizar mais do que cooperar. É a cultura do “nós e eles”.

Preparamos um episódio do Tech & Biz para te ajudar a entender porque isso é um problema e entender maneiras de “fugir” dessa condição.

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São as empresas que endentem TI como enabler que conseguem utilizar tecnologia para fazer muito mais do que “aquilo que já fazemos, só que melhor”.

Empresas do futuro sabem que TI é o negócio

A preponderância dos três vetores exponenciais – processamento, armazenamento e conectividade – classifica como obseleto qualquer modelo de negócios ou operacional que não seja fundamentado neles.

TI não é apenas enabler. TI define o negócio pois, TI é o negócio.

Transformação digital é uma viagem necessária no tempo

A transformação digital começa com a avaliação humilde da condição atual de uma organização e, consequentemente, do entendimento da jornada necessária para pavimentar o caminho para o futuro.

Empresas jurássicas, ou seja, que ainda entendem TI como custo, não precisam e tampouco deveriam cumprir as etapas das percepções de TI como asset partner. Não há tempo! A transformação digital implica em entender TI como enabler para já!

Transformação é, sabemos, a implantação de rupturas articuladas combinada com a eliminação da complexidade predatória. Quanto mais assertivas e frequentes forem as rupturas e mais eficiente for o combate a complexidade, mais rápido será o processo de transformação.

 

Para pensar…

Transformação digital é um movimento essencial. Ela não trata da adoção de tecnologia para que a empresa esteja alinhada com tendências – isso seria entender TI como custo. Também não trata de entender que TI apenas torna a empresa mais eficiente fazendo o que já faz e da forma que já faz – isso seria entender TI como asset ou como partner. 

Transformação digital implica em redefinir modelos de negócios e operacionais a partir das oportunidades exponenciais implicadas pelas capacidades de processamento, armazenamento e conectividade que tem impulsionado formas novas de fazer melhor aquilo que a intencionalidade estratégica destaca.

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AUTOR

Elemar Júnior

Fundador e CEO da EximiaCo, atua como tech trusted advisor ajudando diversas empresas a gerar mais resultados através da tecnologia. 

COAUTOR

Lucas Rezende

Consultor da EximiaCo, especialista em estratégias de inovação, sucesso do cliente e desenvolvimento de novos produtos.

Mentoria

para formação de CTOs e executivos de tecnologia

Práticas, conceitos, padrões e ferramentas de gestão e liderança tecnológica, de maneira efetiva, com base em cenários reais, para transformar resultados.

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